Quando os supermercados começaram a trocar as sacolinhas plásticas descartáveis por opções feitas de materiais que se degradam no meio ambiente, muitos comemoraram. Foi uma resposta que se espalhou muito rápido por diversos países para tentar conter a produção exacerbada de sacolas plásticas. Mas será que isso realmente foi uma vitória para o meio ambiente?
Pesquisadores da Universidade de Plymouth, no Reino Unido, submeteram os mais tipos comuns de sacolas biodegradáveis encontrados por lá em diversos comércios, a testes rigorosos de resistência e elas acabaram resistindo mais do que deveriam. Ao ar livre as sacolas tiveram um fim satisfatório, fragmentando-se em apenas nove meses, já na terra e na água, o resultado foi péssimo. Oxobiodegradáveis, biodegradáveis e as sacolinhas convencionais permaneceram inteiras depois de passarem três anos enterradas e submersas. Somente as sacolas compostáveis apresentaram um resultado satisfatório: desapareceram do ambiente aquático em três meses e se quebraram um pouco na terra, onde ainda assim os fragmentos perduraram por 27 meses.meses.
Portanto, segundo esse estudo, as sacolas biodegradáveis não são tão ecológicas quanto parece. Além disso, otempo em que elas demoraram se decompor é mais que o suficiente para asfixiar tartarugas ou encher de plástico a barriga de baleias.
Não adianta cobrar alguns centavos pela sacolinha de plástico biodegradável que não são sustentáveis para desestimular seu uso. É preciso oferecer também opções verdadeiramente sustentáveis ao consumidor, para que ele possa comprar com a consciência limpa se, por algum motivo, estiver sem sua sacola reutilizável.
Telefone:
(22) 99825-5265
Av. Souza Mota, 350
Parque Fundão, Campos dos Goytacazes – RJ, 28060-010